O inventário e a partilha de bens são etapas fundamentais para regularizar a transferência do patrimônio após o falecimento de uma pessoa. Este artigo explica as modalidades de inventário, os prazos legais, os documentos necessários e como ocorre a divisão dos bens entre os herdeiros.
O que é Inventário?
O inventário é o procedimento jurídico para apurar os bens, direitos e dívidas deixados por alguém após sua morte. Ele é obrigatório para transferir formalmente o patrimônio aos herdeiros, garantindo segurança jurídica.
Existem duas modalidades principais de inventário:
- Inventário Extrajudicial
 
- Requisitos: consenso entre os herdeiros e um advogado para acompanhar o processo.
 
- Inventário Judicial
 
- Necessário quando há conflitos entre os herdeiros, menores de idade ou incapazes envolvidos, ou questões jurídicas complexas.
 
- É conduzido por um juiz e pode levar anos.
 
O que é a Partilha de Bens?
A partilha de bens é a divisão do patrimônio inventariado entre os herdeiros, conforme a vontade expressa no testamento ou as regras do Código Civil, caso não haja testamento.
Regras Gerais para a Partilha
- Herança legítima: Bens são divididos entre cônjuge, descendentes e ascendentes, seguindo a ordem de prioridade.
 
- Vontade expressa em testamento: Respeita às disposições legais e a liberdade do falecido para destinar parte de seu patrimônio.
 
O inventário é obrigatório para acessar a herança?
O inventário deve ser iniciado em até 60 dias após o falecimento, conforme a legislação brasileira. Caso contrário, pode haver a incidência de  multas  sobre o imposto de transmissão causa mortis (ITCMD).
Documentos Necessários
Para Iniciar o Inventário
- Certidão de óbito do falecido.
 
- Documentos pessoais do falecido e dos herdeiros (RG, CPF, certidões de nascimento ou casamento).
 
- Certidão de casamento do cônjuge, se aplicável.
 
- Certidões negativas de débitos e de testamento.
 
Para a Partilha de Bens
- Documentos dos bens a serem partilhados (imóveis, veículos, contas bancárias, ações, entre outros).
 
- Testamento, se houver.
 
- Avaliações patrimoniais e laudos técnicos, se necessário.
 
Como Funciona o Processo?
Etapas do Inventário
- Escolha do Advogado
 
- É obrigatório o acompanhamento de um advogado em qualquer uma das modalidades 
 
- Levantamento de Bens e Dívidas
 
- Identificar todos os bens, direitos e possíveis dívidas deixados pelo falecido.
 
- Pagamento de Tributos
 
- Quitação do ITCMD, que varia de estado para estado.
 
- Elaboração do Plano de Partilha
 
- Definir como os bens serão divididos entre os herdeiros, seguindo a legislação ou o testamento.
 
- Homologação e Registro
 
- Finalizar o processo com a homologação judicial ou a lavratura da escritura pública em cartório.
 
Como Evitar Conflitos no Processo?
- Planejamento sucessório alinhado: Mantenham as expectativas dos herdeiros alinhadas com a sucessão legítima 
 
- Transparência e diálogo: Mantenha os herdeiros informados e busque consenso sempre que possível.
 
- Apoio jurídico especializado: Contrate advogados com experiência em inventários e partilhas.
 
Dicas para Facilitar o Inventário e a Partilha
- Organize a Documentação
 
- Mantenha registros financeiros e patrimoniais em dia para simplificar o levantamento de bens.
 
- Antecipe a Regularização dos Bens
 
- Resolva pendências, como imóveis sem registro, ainda em vida.
 
- Considere o Planejamento Sucessório
 
- Conheça as ferramentas disponíveis, como holdings familiares e doações em vida.
 
- Escolha um Advogado Experiente
 
- Profissionais especializados agilizam o processo e evitam erros.
 
Conclusão
O inventário e a partilha de bens são processos fundamentais para regularizar a transferência de patrimônio e evitar conflitos futuros. Planejamento, organização e suporte jurídico adequado são essenciais para garantir uma transição tranquila.
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