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Planejamento sucessório: 3 erros que podem destruir o patrimônio da sua família

Escrito por Equipe Herdei | Jul 14, 2025 5:15:00 PM

Cuidar do futuro da sua família vai muito além de investir bem ou guardar dinheiro. Um dos maiores desafios é proteger o que foi construído com tanto esforço ao longo dos anos, e é aí que o planejamento sucessório entra em cena. Parece simples, mas muitos cometem erros graves nesse processo, que podem colocar todo o patrimônio em risco.

Neste post, vamos revelar três armadilhas comuns que, se não evitadas, podem acabar desestruturando tudo aquilo que você planejou deixar para quem ama. Vem com a gente entender como se prevenir com inteligência e tranquilidade.

3 principais erros no planejamento sucessório

Veja quais são os principais erros:

1. Deixar tudo “para depois”

Você já ouviu aquela frase “vou pensar nisso quando ficar mais velho”? Pois é, esse pensamento é um dos maiores vilões do planejamento sucessório. Adiar decisões importantes pode gerar insegurança jurídica e deixar a família desamparada em momentos delicados. 

Quando não há uma estruturação antecipada, o processo de inventário pode se tornar lento, custoso e burocrático, especialmente quando feito judicialmente. Além disso, o risco de conflitos entre herdeiros também aumenta, já que as vontades do titular do patrimônio não ficaram formalizadas.

Dica nossa: pensar no futuro da sua família não precisa ser um peso. Pode (e deve) ser um processo claro, simples e humano. Inclusive, é o que buscamos proporcionar aqui na Herdei.

2. Não formalizar as decisões

Não basta decidir quem ficará com o quê, é preciso documentar tudo de forma oficial. A informalidade pode parecer prática no curto prazo, mas pode gerar uma verdadeira dor de cabeça no futuro.

Distribuições verbais, acordos “de boca” ou até testamentos escritos de forma inadequada podem ser contestados ou até invalidados. Isso pode gerar atrasos, custos adicionais e muito desgaste emocional para todos os envolvidos.

Aqui entra a importância de usar instrumentos legais como:

  • Testamentos públicos ou cerrados;
  • Doações com cláusulas específicas;
  • Pactos entre sócios em empresas familiares.

Tudo precisa ser bem pensado e alinhado com o que está previsto em lei, e atualizado conforme ela muda. Afinal, o que funcionava há cinco anos pode não valer mais hoje.

Ferramentas legais que ajudam a proteger o patrimônio

Para evitar problemas, é importante conhecer alguns instrumentos jurídicos que tornam as decisões seguras e eficazes:

  • Testamento público: feito em cartório, com fé pública, é o mais seguro para formalizar vontades.
  • Doação com cláusulas restritivas, como incomunicabilidade (impede que o bem seja dividido em caso de divórcio) e inalienabilidade (impede a venda do bem), ajudam a proteger o bem transferido.
  • Usufruto vitalício: permite doar, mas manter o uso e controle do bem enquanto estiver vivo.
  • Holding familiar: estruturação patrimonial em formato empresarial, com regras de gestão e sucessão.
  • Pacto antenupcial: pode garantir que a herança recebida permaneça fora da comunhão de bens.

Esses mecanismos legais são ferramentas valiosas, mas devem ser usados com orientação especializada, respeitando os limites legais e as particularidades de cada família.

3. Ignorar o impacto tributário das escolhas

Sim, o tema “imposto” causa arrepios em muita gente, mas ignorá-lo pode sair ainda mais caro. Ao organizar um planejamento sucessório, é essencial entender os custos tributários envolvidos nas transferências de bens e direitos. 

Muita gente pensa que doar em vida ou antecipar a herança “resolve tudo”, mas sem um olhar técnico, a estratégia pode aumentar os custos em vez de reduzi-los.

Cada caso exige uma análise cuidadosa para avaliar:

  • A viabilidade de doações sucessivas;
  • O uso inteligente de cláusulas restritivas (como inalienabilidade, impenhorabilidade e incomunicabilidade);
  • Os custos de ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação) variam conforme o estado.

Uma estrutura bem desenhada ajuda a preservar o patrimônio, mantendo os custos previsíveis e dentro da lei, sem surpresas desagradáveis.

O que acontece quando o planejamento sucessório falha?

Quando o planejamento é negligenciado, as consequências vão além dos processos burocráticos. Elas afetam emocionalmente, financeiramente e até socialmente a família.

Veja alguns cenários reais que já acompanhamos por aqui:

  • Empresas familiares desorganizadas entram em colapso sem um sucessor definido.
  • Os herdeiros são obrigados a vender bens preciosos às pressas para pagar tributos ou quitar dívidas.
  • Famílias passam anos em batalhas judiciais por falta de instruções claras.
  • O valor do patrimônio é diluído entre taxas, inventário e decisões mal planejadas.

E o pior? Muitas dessas situações poderiam ser evitadas com um plano bem feito, ajustado à realidade da família. Por isso, nunca subestime o poder de se antecipar.

Entenda como alinhar o planejamento sucessório ao perfil das famílias. | Foto: Freepik.

Como alinhar o planejamento sucessório ao perfil da família?

Cada família tem suas particularidades, e é justamente por isso que o planejamento não deve seguir uma fórmula pronta.

  • Famílias com filhos menores ou pessoas com deficiência, por exemplo, podem precisar de curadorias ou cláusulas de proteção específicas.
  • Em casos de famílias reconstituídas, o cuidado deve ser redobrado para garantir os direitos de todos, incluindo filhos de diferentes uniões.
  • O tipo de bem também interfere: imóveis, aplicações financeiras, participações em empresas, tudo exige estratégias distintas.
  • Também é importante considerar o perfil dos herdeiros: há famílias mais conservadoras, outras mais empreendedoras. Tudo isso influencia o tipo de estrutura jurídica ideal.

Ah, e não se esqueça: o planejamento precisa ser revisto com o tempo. Mudanças familiares, patrimoniais ou legais podem exigir ajustes ao longo dos anos.

Por que contar com especialistas faz diferença no planejamento sucessório?

Evitar erros no planejamento sucessório não é apenas uma questão de “burocracia a menos”. É sobre garantir que os desejos de quem construiu o patrimônio sejam respeitados e que as próximas gerações possam dar continuidade com segurança e tranquilidade.

Aqui na Herdei, nós aliamos tecnologia e conhecimento jurídico para tornar tudo mais acessível e claro — sem rodeios, letras miúdas ou complicações desnecessárias. Nossa missão é descomplicar o processo e proteger aquilo que realmente importa: a tranquilidade da sua família.

Cuidar do planejamento sucessório é cuidar de quem você ama

Se tem algo que aprendemos ao longo dos anos é que deixar o futuro nas mãos do improviso é um risco que nenhuma família deveria correr. Um bom planejamento sucessório é como um mapa bem traçado: ele mostra o caminho para que o patrimônio siga seguro, sem desviar daquilo que realmente importa.

Evitar os erros que listamos aqui pode ser o primeiro passo para uma jornada mais leve e inteligente. Aliás, se você quiser dar esse passo com a segurança de quem entende de planejamento sucessório, nós estamos aqui para ajudar. Saiba mais, clicando aqui.