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Inventários internacionais: como funciona quando os bens estão em outro país?

Escrito por Equipe Herdei | May 19, 2025 7:00:00 PM

Lidar com inventários já pode ser um desafio por si só. Mas quando os bens do falecido estão em mais de um país, o processo ganha novas camadas de complexidade - e exige ainda mais cuidado e estratégia. Os chamados inventários internacionais envolvem regras específicas, jurisdições distintas e uma boa dose de documentação, o que pode atrasar ou até comprometer a partilha, caso não haja orientação adequada.

Para quem está lidando com a perda de um ente querido e precisa resolver questões envolvendo bens no exterior, entender como funcionam os inventários internacionais é o primeiro passo para evitar dores de cabeça futuras. Neste guia completo, a Herdei explica como funciona esse processo e o que fazer para conduzi-lo de forma tranquila e eficiente.

O que são inventários internacionais e por que são complexos?

Os inventários internacionais ocorrem quando o falecido possuía bens em mais de um país - como imóveis, contas bancárias, investimentos ou empresas. Diferente dos inventários tradicionais, que lidam apenas com os ativos localizados em território nacional, aqui é necessário considerar legislações distintas, processos paralelos e até mesmo diferentes idiomas.

Essa complexidade surge principalmente por conta das seguintes situações:

  • Cada país tem regras específicas sobre sucessão e tributação;
  • Pode haver exigência de um inventário local, mesmo se já houver um iniciado no país de origem do falecido;
  • Traduções juramentadas, legalizações e apostilamentos de documentos costumam ser obrigatórios;
  • O prazo para regularização pode variar bastante de um país para outro.

Tudo isso exige uma análise criteriosa do patrimônio e das legislações envolvidas, além de suporte técnico especializado para garantir que todos os trâmites sigam de forma coordenada.

Como os inventários internacionais lidam com leis de diferentes países?

Esse é um dos pontos mais delicados dos inventários internacionais. Cada país tem autonomia para legislar sobre heranças, o que pode resultar em conflitos entre as leis aplicáveis.

Por exemplo: um brasileiro que possui um imóvel na Espanha pode deixar esse bem para um herdeiro específico em testamento. No entanto, se a lei espanhola priorizar a legítima (parte da herança obrigatoriamente destinada aos herdeiros necessários), esse desejo pode não ser cumprido como planejado.

Além disso, alguns países adotam o princípio da nacionalidade do falecido como base para a sucessão. Outros, como os Estados Unidos, aplicam as leis do local onde o bem está situado (lex rei sitae). Isso significa que um mesmo inventário pode precisar ser aberto em mais de um país — cada qual com sua burocracia, impostos e exigências.

Convenções internacionais ajudam, mas não resolvem tudo

Tratados como a Convenção da Apostila de Haia facilitam a validade de documentos entre países, mas não unificam as regras sucessórias. Por isso, é essencial contar com um planejamento sucessório internacional e, quando o falecimento já ocorreu, com profissionais que compreendam a legislação de cada local envolvido.

Quais são os custos envolvidos em inventários internacionais?

Outro ponto que merece atenção são os custos. Como o processo pode envolver mais de uma jurisdição, é comum que os valores sejam maiores do que os de um inventário tradicional. Entre as principais despesas, estão:

  • Honorários de advogados especializados em inventários internacionais;
  • Taxas consulares e de cartório, incluindo legalizações e apostilas;
  • Custos com tradução juramentada de documentos como certidões, testamentos e procurações;
  • Tributos locais sobre heranças, que variam de país para país;
  • Custos judiciais ou extrajudiciais, caso seja necessário abrir o processo em diferentes países.

Planejar é economizar

Ainda que não seja possível evitar todas as taxas, ter um suporte especializado ajuda a identificar caminhos mais ágeis e econômicos. Em alguns casos, por exemplo, é possível resolver parte do processo por meio de inventário extrajudicial no Brasil, o que acelera significativamente a partilha.

Quais documentos são essenciais para inventários internacionais?

A lista de documentos para inventários internacionais costuma ser mais extensa, justamente por envolver diferentes exigências legais e linguísticas. Veja os principais:

  • Certidão de óbito emitida no país de falecimento;
  • Documentos pessoais do falecido e dos herdeiros (como RG, CPF, passaportes);
  • Certidões de casamento e nascimento, devidamente traduzidas e apostiladas;
  • Testamento, se houver, com tradução juramentada;
  • Comprovantes de titularidade dos bens no exterior (escrituras, extratos bancários, ações, etc.);
  • Certidões negativas de débitos;
  • Procurações públicas, caso os herdeiros estejam em países diferentes.

Além disso, a depender do país em que os bens estão localizados, pode haver exigência de documentos específicos, como declaração de residência fiscal ou atestados consulares.

A importância da tradução juramentada

Quase todos os documentos emitidos no Brasil que serão usados no exterior (e vice-versa) precisam ser traduzidos por tradutores juramentados. Isso garante a validade jurídica do material e evita retrabalhos ou recusas pelas autoridades.

Um inventário, vários países. Mas com o suporte certo, o caminho fica bem mais leve. | Foto: Freepik.

Organização e orientação fazem toda a diferença

Quando os bens do falecido estão espalhados por diferentes países, o caos pode parecer inevitável. Mas com planejamento, organização e apoio jurídico especializado, os inventários internacionais se tornam processos viáveis — e muito mais rápidos do que se imagina.

Outro ponto importante é considerar o impacto emocional que esse tipo de processo pode gerar. Muitas vezes, os herdeiros vivem em países diferentes, falam línguas distintas e têm rotinas complexas. Isso pode tornar a comunicação mais difícil e o processo mais lento. Por isso, além da parte jurídica e documental, é essencial contar com uma equipe que compreenda essas nuances e esteja preparada para conduzir tudo com empatia e clareza. 

A agilidade e a transparência no atendimento fazem toda a diferença para que o inventário aconteça de forma menos desgastante — e com mais tempo para o que realmente importa: cuidar da memória de quem partiu.

A Herdei atua justamente para simplificar o que parece impossível. Combinando tecnologia de ponta e atendimento personalizado, ajudamos famílias a atravessarem esse momento com leveza, eficiência e segurança. Seja qual for a situação, nossa missão é facilitar cada etapa do caminho.

Entenda como a Herdei pode facilitar seu inventário internacional

Se você está enfrentando um inventário com bens no exterior ou deseja entender melhor como planejar sua sucessão internacional, conte com a Herdei. Nossa equipe está pronta para oferecer soluções sob medida, alinhadas com a legislação vigente e com foco total no seu bem-estar.

Enfim, clique aqui e fale conosco para descobrir como podemos facilitar seu processo de inventários, mesmo quando os bens estão em outro país.